domingo, 31 de maio de 2009

Prece Irlandesa




Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
que os Deuses te guardem nas palmas de Suas mãos

Que a estrada abra à sua frente,
que o vento sopre levemente em suas costas,
que o sol brilhe morno em e suave em sua face,
que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E até que nos encontremos de novo...
Que os Deuses guardem, você na palma das suas mãos.

Que as gotas da chuva molhem suavemente o seu rosto,
que o vento suave refresque seu espírito,
que o sol ilumine seu coração,
que as tarefas do dia não sejam um peso nos seus ombros,
e que Deus envolva você no seu manto de amor.





sábado, 30 de maio de 2009

Real e Virtual



Eu tenho dois mundos,
Dois universos,
Portanto, duas vidas:
Logo eu sou plural!
Dizem que só uma existe
Porque é Real;
A outra inexiste
Porque é Virtual.
No primeiro mundo
Eu nunca fui feliz
 “No outro também não és” ·

(É o que todo mundo diz),
 “Como queres estar bem no nada?"
"Como podes querer o que não é?"
Então eu perguntei ao dia:
O que é a noite, ela é real?
"É isso o que ela diz? Coitada!
Sem mim a noite é uma piada!"
Então eu perguntei à noite:
O que é o dia, ele é real?
"Qual nada!
O dia não passa.

De uma noite virtual!"
Depois eu perguntei ao ar:
O que é o vento?
"O vento não existe!
O que chamam de vento,
Sou eu mesmo em movimento".
Aí eu perguntei à Musa
O que é a Poesia?
"Apenas um fantasma que me usa;
Não passa de utopia!"
Perdão, divina Musa
O que é então a Arte?
"Outra ‘entidade’ virtual
Que nem de mim faz parte!"
Divina Arte, linda Poesia,
Podeis dizer-me o que é a Musa?

"Nada! A Musa não existe,

Não é Real”

Se não existe o vento,
Se não existe a noite,
Se não existe o dia,
Se não existe a Arte,

Nem mesmo a Poesia;

Se a deusa Musa não passa
De uma ilusão a mais
Deixai-me viver virtualmente;

Quem sabe só assim eu terei paz.

 

Raymundo Silveira